domingo, 8 de junho de 2014

Princípios da aprendizagem de idiomas - Parte 1

O aprendizado de idiomas se torna muito mais eficiente quando aplicamos técnicas que deram certo com outras pessoas e que, ainda mais importante, combinam com o nosso temperamento e estilo. Antes, porém, de nos lançarmos de cabeça no uso de técnicas para dominar o idioma que queremos, é importante entender quais são os princípios -- que poderiam ser chamados também de regras ou até métodos, dependendo da abordagem -- que fundamentam o aprendizado de idiomas, especialmente de adultos. Apresento aqui 10 princípios retirados de minha experiência e leitura, sem nenhuma pretensão de esgotar o assunto. A fim de não cansar o leitor, nessa postagem vão os 5 primeiros:

1. Princípio da disponibilidade de tempo. Aprender exige tempo. Se a pessoa tem desejo de aprender, porém não dispõe de tempo, não pode nem começar. Muito pouco tempo pode ser ineficiente, porém muito tempo disponível pode também fazer a pessoa se dispersar.

2. Princípio da organização e disciplina. Esses dois pontos são colocados juntos porque um reforça o outro em relação ao aproveitamento do tempo. O estudo exige organização de horário para ir à escola de idiomas ou para estudar sozinho, por exemplo.

3. Princípio da motivação. Fator crucial para se fazer qualquer coisa! Se a pessoa tem tempo mas está desmotivada, não vai progredir no aprendizado. A questão, então, é: como se motivar? A motivação surge de um interesse pessoal. Descubra qual o seu interesse no aprendizado de uma língua. Eu aprendi francês não porque gostava da cultura, mas porque precisava de uma língua a mais para me destacar no mercado como guia de turismo, e só com o tempo acabei aprendendo a admirar os franceses. Você pode aprender também apenas para ler o que lhe interessa -- a habilidade de leitura pode se desenvolver mais depressa do que a fala.

4. Princípio da utilidade. A motivação e o interesse, especialmente quando trata-se de adultos, precisa estar ligada a um contexto claro e objetivo, trazendo, se possível, benefícios imediatos. Embora me falte informações concretas para afirmar isso, tenho a impressão de que o adulto, depois dos 30, quando entra numa escola de inglês, raramente vai até o final e sai falando. Isso pode ocorrer por vários motivos, mas um deles é a falta de ligação direta entre o que está aprendendo e suas necessidades/motivações/interesses.

5. Princípio da autonomia. Esse princípio é, talvez, o mais fundamental de todos: não terceirize o seu aprendizado, assuma-o! Quem tem que fazer o trabalho é você! O professor pode ensinar, mas não pode aprender por ninguém. Quem aprende é o aluno.

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