segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Poliglotismo x famílias língüísticas

Na tentativa de compreender os poliglotas, me pergunto se aprender os idiomas de uma mesma família lingüística não é mais fácil, no início, do que aprender várias línguas sem relação entre si.

O que eu quero dizer é que, para nós, falantes de português (lusófonos), é mais fácil aprender espanhol, italiano e francês do que partir primeiro para línguas como, por exemplo, o árabe, o russo e o chinês.

Já escutei muito se dizer, e eu mesmo já afirmei, que a semelhança entre os idiomas às vezes pode ser um fator dificultador da aprendizagem, pois a gente pensa que está falando e, na verdade, não está (vejam o caso do portunhol: o cara acha que está falando espanhol, e muitas vezes está falando só um português enrolado).

Ainda assim, imagino que seja mais fácil, para pegar a prática de se aprender vários idiomas (para pegar "as manhas" do poliglotismo), aprender vários idiomas de um mesmo tronco da árvore das línguas e só depois se dirigir a outra família.

Uma vez que você dominar as línguas neolatinas, você pode pegar as línguas germânicas, e nesse caso, aprender no atacado: alemão, holandês, dinamarquês, sueco e norueguês, por exemplo. Depois, pode fazer o mesmo com as línguas eslavas, e assim por diante.

Claro que isso é só teoria, a pessoa teria que experimentar por si própria esse método para verificar se funciona.

Eu falo português (língua materna), inglês, espanhol, francês e italiano, nessa ordem de aprendizado. Agora quero aprender alemão. Mas a verdade é que não sei se depois de aprender essa língua vou partir para o holandês e para outras do mesmo ramo, porque o aprendizado de idiomas pode ser também uma questão estratégica.

Imagine que você fala português, inglês e espanhol e quer aprender árabe e russo por motivos de trabalho. Não são línguas do mesmo ramo, e mesmo assim, a pessoa se torna uma poliglota.

De qualquer maneira, imagino que o poliglota experiente, já "calejado" de tanto aprender idiomas, não precise aplicar essa técnica da família língüística. Porém, para nós que estamos começando, aspirantes a poliglotas, pode ser útil.

Precisaríamos ver as experiências de grandes poliglotas para elucidarmos essa questão. Alguém aí quer opinar?

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